Desde 2010, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
vem mostrando aumento no número de crianças gordas no país. De cada 3, 1
é obesa, o que coloca o Brasil em terceiro lugar no ranking mundial de
população infantil mais gorda, uma situação terrível e preocupante. As
crianças obesas de hoje serão os adultos obesos daqui a dez anos, tempo
que passa num estalar de dedos.
Está mais do que comprovado que
educar a criança desde cedo a comer pouco e de maneira saudável é a
chave para evitar que ela cresça gorda e tenha problemas de saúde no
futuro.
Criança não precisa comer muito. Seu estômago é pequeno,
não se compara com o dos adultos e precisamos respeitar esse limite.
Uma criança "fofa" não é sinônimo de saudável, muito pelo contrário.
O controle da obesidade infantil começa em casa, com refeições
balanceadas, prática de atividade física e mudança dos hábitos
alimentares de toda a família.
É fácil perceber se o seu filho está acima do peso. Basta compará-lo
a parentes da mesma faixa etária ou aos colegas da escola. Muitas
vezes, os pais e avós não percebem que a criança já está com sobrepeso,
que é um passo antes da obesidade. Isso pode ser, inclusive, influência
da família, caso os pais (ou um deles) estejam acima do peso e tenham
hábitos alimentares "gulosos".
Por isso, o exemplo deve vir de
casa. Não é possível que pais ou responsáveis façam vistas grossas para
crianças que comem o dia inteiro, sem horário nem disciplina, ou que
ingiram grandes quantidades de alimentos em cada refeição.
Hábitos alimentares saudáveis
A criança, depois que passa a comer sozinha, tem que ser orientada a
montar seu prato. Isso deve ocorrer em qualquer refeição, seja ela
almoço, jantar, café da manhã - criança que não está acostumada com café
da manhã é mais preguiçosa e desatenta na escola - ou lanches
intermediários.
No entanto, a criança deve comer de 3 em 3
horas, para dar tempo para o estômago esvaziar e também para sentir um
pouco de fome. E também deve aproveitar os intervalos para, além de
fazer a lição de casa, brincar, correr ou pular, gastando assim as
calorias das refeições.
Uma refeição saudável para crianças é formada por: verduras e
legumes, crus e cozidos, (metade do prato) e alimentos ricos em
proteínas (1/4 do prato) e em carboidratos (1/4 do prato).
O
café da manhã e os lanches devem conter pelo menos um alimento rico em
proteínas, um alimento rico em carboidratos e um alimento de origem
vegetal: fruta, verdura ou legume. Doces e refrigerantes devem ser
deixados para o final de semana, e em pequenas quantidades.
Criança deve comer apenas o que ela suporta naturalmente, forçá-la a
'limpar o prato' e comer tudo o que colocou nele é um grande erro médica e coordenadora do programa Meu Pratinho Saudável, sobre o controle da obesidade infantil
Alguns produtos, principalmente os que contêm gordura, devem ser
evitados, especialmente se forem fritos. Uma família de quatro pessoas
deve utilizar uma lata ou, no máximo, uma lata e meia de óleo por mês.
No preparo de arroz, feijão e ensopados, apenas uma colher de café de
óleo. O gosto não muda.
Disciplina é a palavra-chave: mesmo se
os pais não estiverem presentes na hora do almoço, quem estiver cuidando
dos filhos deve ser orientado a colocar a refeição na mesa no mesmo
horário todos os dias. Este é um hábito muito importante, que ajuda no
comportamento alimentar dos pequenos.
Para que as crianças
aprendam a gostar de legumes e verduras os pais devem insistir, mas sem
exageros. É fundamental que elas experimentem um pouco todos os dias,
até se acostumarem.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/opiniao/coluna/2014/08/03/pais-acham-filhos-fofos-e-nao-percebem-que-criancas-estao-gordas.htm

Nenhum comentário:
Postar um comentário